segunda-feira, 9 de maio de 2011

foi apenas um belo sonho !

Em meio a uma sala barulhenta eu escuto o vazio do silêncio. Como assim escuto o vazio do silêncio? A única coisa que posso dizer é que era um som do “nada”, algo que me incômoda. Após ele ouvi a voz do meu pensamento. Eu não queria estar ali, vendo algumas pessoas que não gosto muito e entre elas umas que desprezo. Então criei um pequeno lugar na minha mente, um lugar amplo, com gramas verdejantes, com uma cascata que deságua em um riacho e belas árvores. Estou sentada na grama, para ser mais especifica, estou encostada em uma árvore com uma bela sombra, estou lendo um livro, um livro de pensamentos, algo parecido como um diário real. Uma canção leve e calma começara a tocar, parei para ouvir e comecei a viajar em meus pensamentos. No meu pensamento eu vi um belo rapaz, pele clara, olhos azuis celeste, eram como se o céu se refletisse neles e cabelos castanhos claros e lisos. Ele vestia uma camisa branco com um jeans azul e corria sorridente. 
Olhei para ele, ele sorriu e me chamou para segui-lo, “como segui-lo? Para onde?”, eu não sabia, mais queria descobrir onde ele me levara. Eu a segui, ele me levou a um lugar misterioso, duas rochas grandes estavam no meio do riacho, “mais como chegar lá?”, ele mostrou uma trilha de pedras, sentamos e conversamos por horas, como se nos conhecêssemos a anos. 
Levantamos e andamos em direção a uma floresta fechada, nos aproximamos mais ainda não dava pra ver o que havia do outro lado, o que a floresta escondia. Quanto mais perto chegávamos mais nítido ficava o que se havia lá, por trás das árvores, no meio do caminho ele parou e olhou para os lados e para o alto, passei a observar também e notei que nunca tinha visto na comparado a aquela vista, aquela paisagem, nunca tinha visto algo tão belo. A grama estava coberto com folhas secas que o vento arrastava da floresta, os raios de sol penetravam a fenda entre as árvores as deixando com um tom avermelhado, como uma tarde de outono, os olhos do rapaz brilhavam como as águas do riacho quando refletiam os raios do sol, seu sorriso era  como o de uma criança ao ganhar um presente de seu pai, o presente que tanto pedira. 
O garoto era lindo e meigo, sua fala era doce e suave. Então ele olhou profundamente nos meus olhos, como se buscasse confiança. Segurei a sua mão e ele me perguntou “você confia em mim?”, essa pergunta me passou pela cabeça durante um longo minuto, “porque ele quer que eu confie nele?” me questionei. Ele perguntou novamente: “você confia em mim, Bruna?” Eu disse “Sim”. 
Ele me abraçou rapidamente e começou a sussurrar uma bela música, enquanto isso no céu se formavam algumas nuvens que anunciavam a presença de chuva e logo começa a chover, mais não era uma chuva qualquer, era uma chuva que trazia ventos do sul que arrastavam as pétalas das rosas do campo. Andamos um pouco mais, esse garoto era um mistério, misteriosamente encantador. Abrigamos-nos em baixo de uma enorme árvore com imensas raízes. 
O garoto estava com muito frio, então eu o abracei e logo um lindo sorriso se fez presente em seu rosto, ele estava com os olhos fechados, como se sentisse protegido. Depois de alguns minutos a chuva foi se dissipando, e belas nuvens começaram a aparecer, era mais uma surpresa desse lugar deslumbrante, a grama molhada, o cheiro da terra úmida, nos levantamos e andamos até o riacho, observamos um pouco os peixes, o som da cascata ao desaguar. Então direcionei seu rosto para o meu e olhei em seus olhos, segurei a sua mão novamente, deslizei a minha mão sobre a dele, sua pele era macia, novamente olhei para o seu rosto, abracei, não um abraço comum, um abraço com sentimento. 
Ele pôs sua mão em meu rosto, novamente seu olhar, seu olhar era tão sincero e encantador que arrancaria suspiros das pessoas mais incrédulas para um sentimento chamado amor, tentei uma aproximação e vi que seria correspondido e prossegui. Eu o beijei, não um beijo qualquer, completamente apaixonado, naquele momento eu acreditava em amor a primeira vista...
Logo após isso a realidade insistiu em me chamar e fui obrigado a ir...
            Adeus Garoto dos meus sonhos, em breve nos encontraremos novamente em algum sonho, eu espero!

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